Laboratórios da cidade, que oferecem exames para detecção do vírus, registraram crescimento expressivo desde o início da pandemia. No Grupo Sabin, a procura por exames RT-PCR chegou a aumentar quase 200% nos últimos três meses.
Passa de 10 mil o número de casos de Coronavírus em Campinas. Desde o início da pandemia, 384 óbitos por Covid 19 já foram registrados na cidade, localizada a cerca de 80 quilômetros de São Paulo, atual epicentro da doença, com mais de 323 mil pessoas infectadas.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo e mostram ainda que dos 645 municípios do Estado, pelo menos uma pessoa foi infectada em 628 cidades, sendo 389 com um ou mais óbitos. São números que provocaram uma verdadeira corrida da população por testes para detecção do vírus. A Unicamp, por exemplo, já realizou, até o momento, quase 5 mil estes.
Laboratórios particulares da região também contabilizam crescimento. De acordo com levantamento divulgado pelo Grupo Sabin, nas seis unidades de atendimento à população da região, entre os meses de abril e junho deste ano, a procura por testes no modelo RT-PCR teve crescimento superior a 195%, chegando à aproximadamente 2.000 testes apenas no mês de junho e a expectativa do Gestor da empresa, o médico Alex Galoro, é que em julho um novo recorde de exames seja atingido. “Apenas na primeira semana de julho, já podemos ter uma ideia do cenário para este mês. Já realizamos mais de 300 testes, em apenas cinco dias”, destaca o especialista.
O médico detalha ainda que a empresa oferece também as sorologias quantitativas e qualitativas, no seu portfólio. “Nosso mais recente levantamento demonstrou ainda aumento significativo também na procura destes testes, principalmente nos testes qualitativos. A quantidade de testagens com ambos, até agora, soma mais de 1.600 testes, em três meses, aqui em Campinas”, explica o médico do laboratório, que conta com um moderno Núcleo Técnico Operacional que precisou expandir a capacidade produtiva para poder processar as coletas e atender a demanda crescente por exames na região.
O especialista destaca ainda a importância de escolher atentamente o método a ser submetido antes de contratar o serviço. “É fundamental é que o paciente compreenda que há opções diferentes de testes e qual deles é o mais recomendado para o caso. O PCR e os testes IgG e IgM, os sorológicos, fazem análises distintas. O primeiro é capaz de detectar o material genético do vírus a partir de amostra de fluido nasal do paciente durante a fase aguda da infecção. Por isso, é mais indicado fazer logo nos primeiros dias de sintomas. Já os testes IgG e IgM identificam, com uma amostra de sangue, a presença de anticorpos produzidos pelo sistema imunológico caso a pessoa tenha sido contaminada com o vírus e o corpo já tenha iniciado a produção das ferramentas de defesa. A orientação é que ele seja feito no mínimo após uma semana de sintomas, para ajudar a identificar a presença dos anticorpos. Aumentando a possibilidade de positividade do teste sorológico”, explica e reitera o resultado negativo desses testes não garante que não há doença. “É preciso observar os dados epidemiológicos e quadro clínico, em cada caso.
Em todo o Brasil já foram 13,7 testes para cada mil habitantes
De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início da pandemia, a capacidade de realização de exames RT-PCR na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública foi ampliada em 869%. O aumento foi possível graças ao esforço dos profissionais que trabalham nos laboratórios e da disponibilidade de insumos e equipamentos. Com o aumento da capacidade de testagem, o Governo Federal pretende identificar os casos mais precocemente e aumentar assim as chances de intervenção e tratamento médico.
O Ministério da Saúde anunciou ainda que até o dia 30 de junho, foram realizados 1,4 milhão de exames de RT-PCR para Covid-19, sendo que 860.604 na rede nacional de laboratórios de saúde pública e 618.067 nos principais laboratórios privados do país. Sobre os testes rápidos, foram realizados no país, um total de 1,4 milhão.