Dra. Cicilia Marques Rodrigues, oncologista do IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer).
Embora raro em âmbito global, o câncer de pênis atinge níveis alarmantes no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2012 e 2022, foram registrados mais de 21 mil casos desse tipo de tumor no país, resultando em cerca de 6,5 mil amputações genitais e mais de 4 mil mortes no mesmo período. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) reforça que o Brasil está entre as nações com maior incidência da doença, amplamente associada à falta de cuidados básicos de saúde.
A falta de higiene íntima é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pênis, assim como a ausência de vacinação contra o HPV, que é responsável pela origem desse e de outros tipos de câncer.
Entre os primeiros sinais da doença estão o aparecimento de úlceras que não cicatrizam e secreção com odor forte na região. O diagnóstico precoce, feito por meio de uma biópsia, é essencial para iniciar o tratamento adequado e aumentar as chances de cura.
Além disso, a vacinação contra o HPV, amplamente recomendada em diversos países, é uma medida eficaz para reduzir os casos de câncer de pênis. No Brasil, no entanto, a cobertura vacinal ainda é insuficiente, o que contribui para a persistência da doença em níveis elevados.
Recentemente, um estudo brasileiro apresentado no ASCO Annual Meeting 2024 destacou avanços no tratamento de casos avançados de câncer de pênis. A pesquisa revelou que a combinação de imunoterapia e quimioterapia tradicional conseguiu reduzir o volume tumoral em 75% dos pacientes analisados, trazendo novas perspectivas para o manejo da doença.
Para mais informações sobre o câncer de pênis, a Dra. Cicilia Marques Rodrigues, oncologista do IBCC, está disponível para entrevistas. Para agendar, entre em contato pelo WhatsApp: https://api.whatsapp.com/send?phone=5511910466145.