Casal sonha em reunir a família para um almoço sob a videira. Porém, planos são adiados mais uma vez em função da Pandemia.
O arquiteto Júlio César Banchi e a Funcionária Pública Estadual Maria Aparecida Melchior Banchi resgataram uma das mais tradicionais culturas italianas em Rio Claro (SP).
Ao se aposentarem o casal comprou um imóvel na Avenida 20 entre as ruas 6 e 7 no Bairro Santa Cruz para construir um pequeno espaço de lazer para a família. Por morarem em apartamento eles tinham a necessidade de ter um espaço para ocupar o tempo. A construção de uma área de lazer foi a opção encontrada pelo casal.
No espaço o casal resgatou uma tradição antiga da família; ao plantar uma videira no quintal, várias pessoas tinham videira antigamente. Segundo o Arquiteto essa era uma prática comum antigamente as pessoas terem um espaço de terra no quintal com um pé de Uva, um pé de romã, um pé de café ou outras plantas; “É muito importante cultivar algo para manter o solo permeável e combatar as enchentes.” enfatiza o arquiteto aposentado.
Há 4 anos eles plantaram dois pés de uva na entrada do imóvel ao invés de construírem uma garagem eles planejaram que a parreira seria a cobertura necessária para os veículos.
Após um ano do plantio o pé já estava produzindo este ano eles foram surpreendidos com a intensa produção segundo Maria desde o início de dezembro ela já colheu cerca de doze bacias grandes de uvas distribuiu os frutos para a família, aos amigos e vizinhos. Os vizinhos estão encanados com nossa videira eles param diante do portão e pedem para fotografar.
O casal já está inspirando outros vizinhos a fazerem o mesmo em seus quintais. No bairro pelo ao menos duas casas no entorno já estão providenciando o plantio de um pé de uva.
Cultura
Segundo o casal a videira é uma planta que requer poucos cuidados. Ela precisa de apoio para o caule e a parreira para se desenvolver. No inverno a planta emberna ela fica com uma aparência semelhante que estivesse sem vida. Mas, logo após a poda ela se regenera completamente.
É importante que a poda ocorra na Primeira Lua minguante do Mês agosto. Essa é uma tarefa executada com muita destreza pelo cunhado Antônio Melchior (Verdão) ele faz questão de executar o serviço todos os anos.
Sobre a poda Maria observa; “É bastante interessante, passados 15 dias da poda já é possível observar os primeiros “cachinhos” desabrochando no caule é uma alegria para nós a cada dia observamos essa evolução e esse ciclo segue até início de dezembro quando começamos a colheita. No ano de 2021, por exemplo, até o mês de julho ainda havia uvas no pé, é um orgulho para nós esses frutos e para todas famílias que são abastecidas pelas nossas uvas. Além dos frutos temos convicção que estamos contribuindo com o meio ambiente.” finaliza a funcionária pública estadual aposentada.
Natal da vizinhança
Varias famílias destacaram fotos de mesas arrumadas nas Festas de Final de ano com uvas produzidas pelo casal.
Além da beleza dos cachos o sabor e o perfume das uvas foi elogiado por todos.