Eliana Honain disse que infectologistas estudaram o caso e descartaram influência da ‘van de Manaus’ na disseminação da nova cepa na cidade.
A circulação da variante brasileira em Araraquara (SP) não está relacionada a recente visita de turistas de Manaus à cidade, garante a secretária municipal da Saúde, Eliana Honain. Sete pessoas que estavam em uma van foram diagnosticadas com Covid-19 em janeiro durante a passagem pelo município.
Araraquara recebeu o veículo com 10 pessoas vindas de Manaus, das quais cinco adultos e duas crianças estavam contaminadas. Por dias, essas pessoas ficaram na cidade até serem tratadas, uma delas, chegou a ficar internada em estado grave na Santa Casa.
Localizada na região central do estado de São Paulo e com 238,3 mil habitantes, Araraquara tem 12 casos da variante brasileira detectada primeiro em Manaus.
“Fizemos todas as investigações, inclusive discutimos isso com infectologistas. Após avaliação minuciosa da doutora Ho Yeh Li (médica que coordenou a busca dos brasileiros que estavam na China, no início da pandemia), ela disse que não tem nada a ver com a van, porque eles saíram de Manaus em 26 de dezembro e chegaram aqui dia 11 de janeiro, então, não ficariam todo esse período contaminados”, explicou Eliana.
Araraquara soma 12.434 infectados e 153 mortes desde o início da pandemia adotou um isolamento rígido que proíbe, desde a segunda (15), a circulação de pessoas pela cidade sem justificativa .
‘Van de Manaus’
Um grupo com dez pessoas deixou a capital amazonense em uma van, em 26 de dezembro, em viagem de férias e passou por vários estados brasileiros.
O grupo passava pela região de Araraquara em 11 de janeiro e parou para receber atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Xavier, após uma passageira de 55 anos apresentar os primeiros sintomas da doença.
Todos fizeram testes no mesmo dia e sete pessoas tiveram resultado positivo para o novo coronavírus.
A mulher que tinha sintomas foi internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa e outras seis pessoas receberam atendimento no Hospital de Campanha, incluindo duas crianças, de 3 e 8 anos.
O grupo pretendia voltar a Manaus no dia 15 de janeiro. Por conta da contaminação, foram liberados para retornarem para casa somente em 22 de janeiro.
Fonte: G1 São Carlos/Ararquara