É PRECISO VACINAR!
As evidências sugerem que o caso de vírus altamente contagioso do condado de Rockland pode ter se originado fora dos Estados Unidos, disseram autoridades em comunicado.
O estado de Nova York registrou o primeiro caso de poliomielite desde 2013, registrado no condado de Rockland, norte do estado, anunciaram na quinta-feira (21/07) as autoridades de saúde, que organizaram uma campanha de vacinação e dose de reforço a partir desta sexta-feira.
De acordo com o sequenciamento deste caso, trata-se do poliovírus Sabin reverso tipo 2, que indica que a pessoa recebeu a vacina oral contra a poliomielite (OPV), que não é mais licenciada ou administrada nos Estados Unidos, país que em 2000 optou pela vacina IPV, que requer várias injeções e reforços regulares.
Academia Nacional de Medicina exige a aplicação de um plano de vacinação contra a poliomielite.
“Isso sugere que o vírus pode ter se originado de um local fora dos Estados Unidos”, dizem as autoridades em comunicado, observando que “cepas revertentes não surgem de vacinas inativadas”.
Apesar de ser uma doença incurável, que pode causar paralisia muscular e até a morte, pode ser prevenida com uma vacina, disponível desde 1955, que combateu o vírus praticamente até sua erradicação.
Mas, nos últimos dois anos, principalmente devido à pandemia de covid-19 e à falta de acesso à informação e desinformação em muitos países, houve um declínio contínuo na vacinação infantil, alertaram recentemente a OMS e o Unicef.
Pólio e seus sintomas
O vírus geralmente entra no corpo pela boca nas mãos contaminadas com fezes de uma pessoa infectada ou pela saliva.
Os sintomas podem ser semelhantes aos da gripe (cansaço, febre, dor de cabeça, rigidez, dores musculares e vômitos) e podem levar até 30 dias para se manifestar, período durante o qual a pessoa infectada continua transmitindo o vírus.
“Com base no que sabemos sobre este caso e sobre a poliomielite em geral, o Ministério da Saúde recomenda fortemente que as pessoas não vacinadas sejam vacinadas ou recebam uma dose de reforço com a vacina IPV o mais rápido possível”, recomenda o responsável pela Saúde do estado, Mary T. Bassett. A partir desta sexta-feira, o município organizou uma campanha de vacinação.
“Muitos de vocês podem ser jovens demais para se lembrar da pólio, mas quando eu cresci, essa doença assustou famílias, inclusive a minha”, diz o diretor do condado, Ed Day, em comunicado, lembrando que o fato de que o vírus ainda existe anos após a vacina mostra o quão “implacável” é.
Fonte: Divulgação