Acompanhamento e controle do volume dos rios são feitos diariamente nas áreas de captação do Ribeirão Claro e do Rio Corumbataí, bem como na represa da Fazenda São José.
Sempre atento e focado nas questões de escassez hídrica, o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) de Rio Claro faz diariamente o monitoramento das condições e volume dos nossos mananciais, o Ribeirão Claro, onde é captada água bruta para a Estação de Tratamento de água (ETA 1) e o rio Corumbataí, onde é captada a água para a ETA 2. A ETA 1 é responsável pelo abastecimento de 40% da cidade e a ETA 2 pelos outros 60%.
A autarquia também cuida da operação da comporta da represa da Fazenda São José em conjunto com a administração do local. Situada próxima da ETA 2, na estrada municipal que liga o Distrito Industrial ao distrito de Ajapi, o corpo hídrico da fazenda é composto por pequenas nascentes, além do Córrego da Cachoeirinha e deságua no Ribeirão Claro, seu principal afluente.
Pela distância, cada ação na represa da fazenda leva cerca de 20 horas para impactar no volume da captação do Ribeirão Claro. Por isso, é fundamental que os trabalhos estejam sempre alinhados.
“A administração da Fazenda São José faz um trabalho de extrema importância para manter o Ribeirão Claro abastecido. Agradecemos por sempre atender nossas demandas de maneira bastante solícita”, destaca o superintendente do Daae, Osmar da Silva Junior, que acompanhou o monitoramento na captação da ETA 1, no Ribeirão Claro, na quarta-feira (1).
A atual estiagem é considerada por especialistas como a pior crise hídrica dos últimos 90 anos, com chuvas muito abaixo da média histórica, e tornar um hábito a prática do consumo consciente da água é fundamental, reduzindo o consumo sempre que possível e principalmente, evitando desperdícios.
“O cenário é crítico. Estamos trabalhando diariamente para manter o controle efetivo da captação, realizando manobras, diminuindo pressão no abastecimento para que consigamos passar por esse período difícil sem precisarmos fazer racionamento. Por isso, todos precisam mudar os hábitos imediatamente. Sem o uso consciente da água, o sistema de captação, tratamento e abastecimento pode colapsar em breve”, alerta o superintendente do Daae, Osmar da Silva Junior.
Rio Claro Mais Verde
Além do monitoramento, o Daae também retomou o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), inserido dentro da ação Rio Claro Mais Verde, ao longo dos rios Corumbataí e Ribeirão Claro, com o plantio de cerca de 76 mil mudas de árvores, em convênio firmado com as entidades SOS Mata Atlântica e Jaguatibaia Associação de Proteção Ambiental, além do Consórcio PCJ.
“Além de garantir água para as futuras gerações e em melhor qualidade e quantidade, esse programa vai proporcionar aos proprietários rurais, a recuperação e a preservação dessas áreas em suas propriedades, adequando às exigências da legislação”, explica o superintendente do Daae.
Reuniões com os proprietários estão planejadas com objetivo de iniciar o plantio dessa primeira etapa no início da época de chuvas, prevista para a segunda quinzena de outubro.
Na primeira fase do programa, o objetivo é a recuperação das áreas de proteção permanente (APP’s) às margens do Rio Corumbataí e a segunda fase prevê a recuperação das matas ciliares no Ribeirão Claro.