O que era para ser mais um entre vários questionamentos apresentados semanalmente sobre demora no atendimento em unidades de saúde pública acabou por incendiar o parquinho e a sessão ordinária da Câmara de Rio Claro, na gélida noite desta segunda-feira (24).
De autoria do vereador Rafael Andreeta (PTB), um requerimento que apontava a necessidade de maior agilidade na atenção às pessoas que procuram o Hospital de Campanha do Cervezão foi o estopim de um bombardeio de críticas direcionadas, principalmente, à secretária Giulia Puttomatti, no cargo há pouco mais de dois meses.
Até o fato de não ter residência permanente em Rio Claro entrou no cardápio dos discursos que uniram vereadores da situação e da quase inexistente oposição contra a economista de robusto currículo que preside a Fundação Municipal de Saúde.
Ao longo dos mais de 15 minutos de encaminhamento da votação, apartes e questões de ordem, Rafael Andreeta chegou a comparar a atual situação à fracassada tentativa do Corinthians de contratar o treinador Renato Gaúcho. “Ele não quis porque o salário não era conveniente”, pontuou Andreeta que usou o exemplo como analogia sobre a nomeação de Giulia Puttomatti e supostas despesas extras com transporte.
Na sequência, quando tudo indicava a redução de temperatura, o clima voltou a esquentar a partir do momento em que a líder do governo, Carol Gomes, ao defender um mutirão de vacinação contra a Covid-19, afirmou que a ocupação dos leitos de UTI atingiu 100 por cento. Minutos antes, porém, o boletim diário da FMS apontava 70 por cento.
A suposta divergência de números produziu lenha suficiente para reacender a fogueira de reclamações dos vereadores. Depois, Carol esclareceu que se tratava apenas da Santa Casa.