Previsão é de início da cobrança em novembro de 2026. Governador diz que a concessão está em período de consulta pública e que ainda são possíveis alterações a partir de diálogos.
Os valores das tarifas dos novos pedágios previstos na Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304) e Rodovia Maria da Graça Martins (SP-135), a Estrada Velha de Tupi, na região de Piracicaba (SP), vão variar entre R$ 1,26 e R$ 3,48, inicialmente.
Os valores estão previstos em um estudo com estimativa de demanda e receita, disponibilizado pela Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado.
As cobranças estão previstas a partir de novembro de 2026. A previsão é de que, a partir do quarto e quinto ano de concessão as tarifas tenham aumentos. No 30º ano, os valores vão variar entre R$ 1,32 e R$ 4,01, segundo o estudo.
Como vai funcionar o pagamento?
Os pórticos vão funcionar no sistema free flow. Nele, a cobrança será efetuada através da leitura das mesmas TAGs utilizadas em cabines automáticas de pedágio no sistema atual.
A cobrança é feita direto na fatura da TAG das operadoras de pagamento automático de pedágio, autorizadas pela agência reguladora. Quem utilizar a TAG eletrônica terá um desconto automático de 5%, segundo o governo estadual.
Para os usuários sem TAG, o sistema faz a leitura da placa e o valor da passagem estará disponível para pagamento em 48 horas. A tarifa deverá ser paga até um determinado tempo, pela plataforma FF, a ser disponibilizada, ou outros meios, como WhatsApp e aplicativo da concessionária.
Governador promete diálogo
O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicamos), prometeu diálogo sobre a implantação de novos pedágios, não descartou alterações no edital e afirmou que vai estudar o caso dos três pórticos de cobrança previstos na SP-304.
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As afirmações foram feitas durante visita a Campinas (SP), nesta sexta-feira (21), para lançamento do Projeto Guri e entregas de título de regulação fundiária e do Palácio da Justiça à Prefeitura.
“A gente vai estudar. A 304 tá em boas condições? Não. É isso que a gente tem que pensar. Vale a pena botar muito dinheiro lá? Aí, o pessoal já confunde: ‘tem tantas praças’. Não, não tem tantas praças, são pórticos. Porque a lógica mudou. A lógica agora é do free flow. Então, se você tem uma área que tem entradas e saídas, você coloca pórticos. O que faz mais sentido? Você ter quatro pórticos de R$ 1 ou ter uma praça de R$ 15? Porque qual é a lógica do free flow? É você pagar os quilômetros rodados. É a justiça tarifária”, argumentou.
Fonte: g1 Piracicaba e Região