Por: Priscila Assumpção
Quem mora em São Paulo conhece a rotina do trânsito. Carros para todos os lados. Às vezes anda um pouco, você se anima e pensa, “Agora vai.” Uns 100 metros depois, para tudo de novo. Mas isso é normal. Todos os dias, na saída do trabalho, você já vai planejando qual música vai escutar, se hoje seria um bom dia para ouvir aquele audiobook, ou se deixa na rádio com notícias para se atualizar enquanto pensa no que vai fazer para o jantar. O caminho já é tão conhecido que você vai no automático. Isso só muda se houver algum acidente ou bloqueio.
E foi em um dia como outro qualquer que fiz a curva para entrar na grande avenida que passa ao lado do Shopping Morumbi, zona sul de São Paulo. Como sempre, já peguei a pista mais da direita porque, apesar de estar longe da saída para a avenida que eu queria, você já tentou mudar de pista no auge do trânsito de São Paulo? Não é para os fracos. Tem que meter o carro quando aparece uma brechinha, e torcer para não ser um momento em que esteja passando um motoqueiro que você jura que não estava lá um segundo atrás. Então entrei na pista mais da direita porque era um dia em que estava sem tanta pressa e não queria arriscar esse possível confronto. Só que, assim que fiz a curva e peguei a pista desejada, me deparei com um traseiro enorme de elefante que encheu todo meu campo visual!
Meu cérebro demorou algumas frações de segundo até entender o que estava vendo. Como assim? Um elefante? No meio da avenida? Do lado do shopping? De onde veio? Melhor ainda, para onde vai? E com certeza vai andar devagar até lá! É. Não teve jeito. Tive que ligar o pisca, mudar de pista, e ultrapassar o elefante. Pensei, “Essa é a coisa mais inusitada e divertida que já me aconteceu no trânsito. A vida é mesmo cheia de surpresas. Nunca vou esquecer.” E nunca esqueci.
Colaboradora: Priscila Assumpção, Terapeuta, Mediadora, Especialista em Comunicação.
Confira outros artigos da colaboradora.