Mudança no posicionamento da massa de ar polar altera projeções de frio para o Brasil
As mais recentes atualizações dos modelos meteorológicos indicam que a queda brusca de temperatura inicialmente prevista para a virada de julho para agosto perdeu força. Esse ajuste se dá pelo novo posicionamento do centro da massa de ar polar, que, ao contrário do que era projetado anteriormente, deverá permanecer posicionado na Argentina. O Brasil chega a sentir seus efeitos, mas de forma mais limitada a algumas áreas da Região Sul, sem provocar queda nas demais áreas.
Por que isso mudou?
Como as previsões meteorológicas são atualizadas constantemente a partir de novos dados e rodadas dos modelos atmosféricos, nas últimas análises, observou-se uma significativa variação na trajetória da alta polar, fator que influencia diretamente na intensidade e abrangência do frio.
Cenário atual: frente fria de fraca intensidade e tempo seco no Brasil central
Uma frente fria de fraca intensidade avança entre esta quarta (23) e quinta-feira (24), provocando chuva fraca e pontual no litoral do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e partes de Minas Gerais, mas, o interior do Brasil continua sob domínio de uma massa de ar seco, mantendo o tempo firme e as temperaturas elevadas em Regiões do Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e até parte do Sul.
Enquanto isso, uma nova área de baixa pressão se forma próximo ao Paraguai, reforçando pancadas de chuva mais fortes no Sul nos próximos dias. Essa condição, aliada ao ar polar mais fraco, deve manter temperaturas mais amenas na Região, sem o impacto esperado de uma onda de frio ampla.
Primeira semana de agosto pode trazer nova frente fria com ar polar mais forte
A expectativa agora se volta para a primeira semana de agosto, quando uma nova e forte frente fria pode avançar sobre o país. O cenário é reforçado por uma alta polar associada a um ciclone extratropical na costa da Região Sul, mas ainda há incertezas, e os modelos seguem em dispersão. Por isso, o monitoramento permanece constante. Alguns períodos permitem previsões mais assertivas, enquanto outros, como o atual, exigem cautela por conta da variabilidade dos dados.
Fonte: Climatempo