Segundo fenômeno de baixa temperatura registrado em curto período; perdas são imprescindíveis; diz produtor
Conforme anunciado na última semana uma frente fria vinda do Sul do país provocaria uma virada no tempo na região.
Segundo Carlo Burigo, Técnico da Estação Metereológica do CEAPLA. A frente fria trouxe uma pequena chuva na madrugada do domingo (18). A atuação dessa massa de ar frio de origem polar provocou frio intenso no amanhecer desta segunda-feira (19).
Informações do CEAPLA apontam que a estação localizada na UNESP (Bela Vista) mediu 2ºC, nesta manhã. Baseado nos registros da estação estima se que nas áreas mais baixas e próximo a rios a temperatura deve ter registrado de 1ºC a 0ºC provocando geada na região.
Essa baixa na temperatura deve seguir até na próxima sexta-feira. Há riscos de geadas para esta terça-feira (20), já na quarta (21) e na quinta (22) a massa de ar frio vai perdendo a força.
As geadas provocam perdas para a agricultura e também aumentam os riscos de queimadas uma vez que o cenário pós geada é bem seco.
Outro fenômeno que está sendo registrado no momento é a baixa incidência de chuva um gráfico apresentado pelo CEAPLA mostra a redução das chuvas no período.
A paisagem muda apresentando um aspecto totalmente seco na região o que aumenta risco de queimadas. Fica o alerta a população.
Produtores da região
Na manhã desta segunda-feira (19) produtores da região registraram inúmeras ocorrências de geada em suas lavouras.
O produtor rural Jõao fotografou seus limoeiros com os frutos congelados, o fenômeno ocorreu na Região da Cachoeirinha (entre Rio Claro e Ajapi). Ele reporta que há 15 dias, sentiu o impacto da primeira geada onde ouve perda na produção de seu milharal, nas mangueiras e também nas bananeiras.
Segundo o produtor, após a geada as folhas ficam queimadas e o fruto não consegue se desenvolver. Já as mangueiras onde a maioria delas estão na florada a geada causa sérios danos chegando a comprometer a produção. O resultado será sentido pelo consumidor nos meses de novembro e dezembro.
Nas bananeiras a geada queima as folhas e com isso o cacho para de se desenvolver ocorrendo um grande atraso na produção.
A cultura da mandioca, mesmo por se desenvolver sob à terra também sofre perdas com as geadas a planta tem as folhas queimadas com isso a raiz deixa de se desenvolver.
Cana-de-Açúcar
Mesmo sendo considerada uma cultura mais resistente e de pouca parda a Cana-de-açúcar, quando é recém-plantada também sofre um grande impacto com as baixas temperaturas. As mudas novas ficam queimadas e tem que ser totalmente podada para começar a se desenvolver novamente isso gera um grande prejuízo ao produtor.
Hortaliça
A família Camargo produtora de hortaliças na região do São Bento registrou algumas imagens do fenômeno provocado pela geadas.
Segundo o produtor mesmo com a prevenção onde o produtor deixa as folhas com bastante água é impossível não sentir as consequências as verduras ficam com um aspecto avermelhado e também sofrem no desenvolvimento resultando em pés menores, mas não impedem a comercialização. Já a alface-americana costuma sofrer um grande impacto ela é mais sensível à geada nessa espécie há uma grande perda.
A baixa na temperatura irá refletir nas prateleiras do supermercado e nas reclamações das donas de casa. Segundo o produtor ele já está sentindo o atraso na produção ocasionada pela geada de 15 dias atrás. A planta deixa de se desenvolver após o impacto da geada.
Ele agredida que a partir da próxima semana o consumidor já irá notar a diferença nas prateleiras onde as hortaliças estarão menores.
O produtor enfatiza que a geada no caso da hortaliça ainda tem um aspecto benéfico ela ajuda a exterminar muitas doenças. Quando fica muitos anos sem gear já um aumento nos fungos que contaminam as verduras sendo necessário o uso de produtos químicos. Esse resultado irá refletir no verão onde as hortaliças estarão livres das pragas.