Employer Branding ou “Marca do Empregador” é um conjunto de estratégias que garantem a satisfação dos colaboradores e gerenciam a imagem e a reputação de uma empresa.
O objetivo é conquistar imagem positiva, atrair e reter talentos, diminuir a taxa de rotatividade de funcionários – o índice de entrada e saída de colaboradores em um determinado período -, além de importante indicador para avaliação da saúde da organização e identificar possíveis problemas na gestão de pessoas, como insatisfação, falta de oportunidades de crescimento ou clima organizacional inadequado.
Há técnicas e metodologias para se construir uma imagem positiva da empresa no mercado de trabalho, tudo aquilo que envolve a manutenção da visão dos profissionais, colaboradores e candidatos sobre uma marca empregadora.
Boas estratégias de Employer Branding aumentam a produtividade da empresa, uma vez que os funcionários ficam mais engajados e satisfeitos com a rotina de trabalho: felizes, sentem-se orgulhosos e comprometidos com melhor entrega ao mercado.
Dentro dessa estratégia insere-se o conteúdo gerado por empregados – EGC (Employee Generated Content), que vem ganhando relevância porque as empresas têm apostado em seus trabalhadores para criar conteúdo nas redes sociais, com material que garante até remuneração extra: gravam conteúdos para as empresas em que trabalham, complementando a renda e ganhando visibilidade.
Quando o colaborador fala como “garoto propaganda” ou “embaixador” da empresa/marca, isso gera mais conversão e engajamento. Ele é um legítimo representante da marca e dos interesses do empregador.
Tirando o foco dos grandes influenciadores com milhões de seguidores e apostando no investimento para formação de criadores de conteúdo interno, as empresas bonificam seus colaboradores e não precisam depender do avanço de conteúdo gerado por consumidores aleatoriamente como ferramenta da marca. O marketing digital deflagrado nas redes é ferramenta essencial para as empresas visando à expansão de mercado e conexão com públicos diversos.
Nessa “vibe” é que muitas empresas incentivam seus funcionários a se tornarem protagonistas na criação de conteúdo para as redes, promovendo produtos e serviços de maneira autêntica e envolvente, aproveitando a credibilidade e a autenticidade dos colaboradores para fortalecer a imagem da marca e aumentar o engajamento do público.
Mas é essencial que essa participação seja voluntária, colocada em contrato específico e respeite os direitos dos trabalhadores. O envolvimento dos funcionários em atividades de marketing digital, como a gravação de vídeos e a participação em trends, deve ser tratado com atenção, pois pode levantar questões jurídicas (desvio de função, por exemplo), e éticas significativas.
Basta, portanto, tomar o cuidado para que essa “nova função” tenha expressa concordância mútua. O uso da imagem sem autorização é vedado, daí porque sempre necessário o consentimento explícito dos empregados antes de utilizar qualquer tipo de material de divulgação.
Essa importante vertente de marketing digital impulsionado pelos próprios empregados e apoiada pelo empregador (fornecendo bons equipamentos e orientação a quem grava conteúdos) serve, inclusive, para recrutar melhores talentos para os negócios.
É desafiador, mas mostrar para todo mundo pelas mídias digitais como é trabalhar aqui e ali, num ambiente agradável e recompensador, só traz benefícios aos envolvidos, especialmente aos novos garotos propaganda!
Colaborador: Dr. Willan Nagib Filho advogado do Escritório de Advocacia: Nicolau Laium, Nagib, Lorenzon Advogados Associados