Por: Bê Caviquili
Segundo Carl Rogers, psicólogo norte-americano falecido em 1987, “ser empático é ver o mundo nos olhos do outro e não ver nosso mundo refletido nos olhos dele”.
Acredito que esta seja uma boa definição para empatia que ainda completou dizendo que “a tarefa do professor é liberar o caminho para que o estudante aprenda o que quiser”.
Embora a liberdade esteja intrínseca quem define o caminho ainda é o professor.
Trabalhar conceitos de fotografia em um ambiente em que as pessoas têm diferentes modos de pensar, de agir e de se manifestar, a empatia pode se tornar um fator decisivo no que diz respeito ao aprendizado.
Para ficar mais claro, em aulas práticas que envolva fotografia de pessoas, ter ao alcance quem se prontifique ser modelo de aprendizes pode ser até razoavelmente tranqüilo. Saber o que se passa com tais modelos nem sempre é alvo estudos. Todavia, ter algum dos aprendizes tomando o papel de um modelo fotográfico denota a empatia que tanto se prega.
Colocar-se no papel do outro e sentir o que se passa torna o fotógrafo alguém capaz de dirigir com mais simpatia, com mais afinco e destreza pessoas que se encontram na frente de sua câmera e que por muitas vezes aguardam por uma orientação, uma direção.
Em minhas turmas não são raros os casos em que alunos se tornam modelo. Sua preocupação é justamente somar conhecimentos. Recentemente, uma aluna aniversariante pediu um book como presente. Na noite combinada, quatro alunos mais o professor somaram seus conhecimentos e dividiram seu tempo para permitir que todos fizessem o papel de cliente versus contratado. Neste momento, os alunos fizeram valer seus conhecimentos, suas habilidades e técnicas. Por estarem em reta final de curso, a noite valeu como uma troca deliciosa, onde a empatia tomou conta mais uma vez do momento.
Colaborador: Bê Caviquioli – 45 anos, 20 deles como Repórter Fotográfico. Também é Pedagogo e Professor de Fotografia no Instituto Mix de São Carlos.
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