“O Nome da Morte” é baseado em fatos reais e estreia dia 2 de agosto nos cinemas
O filme conta a história de Julio Santana, um homem simples, religioso e pacato, amigo gentil e pai de família dedicado que guardou durante décadas um grande segredo: os serviços prestados como matador profissional, que o levaram a executar nada menos que 492 pessoas, onde todas as mortes foram registradas em um caderninho. Parece coisa de cinema, mas a trama é baseada na vida de Júlio Santana, que começou a matar em 1971, aos 17 anos, e hoje com mais de 60 anos. O personagem é interpretado nas telas por Marco Pigossi.
A longa de Henrique Goldman, que dirigiu “Jean Charles” (2009), é uma adaptação do livro “O Nome da Morte”, escrito por Klester Cavalcanti e lançado em 2006. Nele, o jornalista revela toda a complexidade de seu personagem, que começou a matar por dinheiro em 1971. Foi, a muito custo, convencido por um tio, também pistoleiro, que, doente, não tinha condições de assassinar um estuprador, serviço pelo qual já havia recebido. Culpado após sua primeira execução, recebe do parente a recomendação de rezar dez Ave-Marias e 20 Pai-Nossos, ritual que, em busca de perdão divino, repetiria centenas de vezes depois de puxar o gatilho. Uma delas, após matar a militante Maria Lúcia Petit durante a Guerrilha do Araguaia, ocasião em que feriu o ex-deputado José Genoíno.
Comandado por Pigossi, estreante em longas, o elenco reúne feras como Matheus Nachtergaele, Fabíula Nascimento, André Mattos, Augusto Madeira e Tony Tornado. Já o roteiro é assinado por George Moura, também responsável pelo trabalho nos elogiados “Redemoinho” (2017) e “Getúlio” (2014), bom como nas séries “Amores Roubados” e “O Rebu”, exibidas pela Rede Globo.