Com subsídio garantido, vereador prega lockdown
A exemplo do que fez recentemente durante entrevista a uma emissora de rádio, o vereador Paulo Guedes (PSDB) – que recebe o subsídio religiosamente todo dia 20 – defendeu, no início da sessão ordinária da Câmara Municipal de Rio Claro desta segunda-feira (22), a adoção de lockdown para tentar diminuir os casos de Covid-19.
O discurso de Guedes favorável à paralisação de praticamente todos os serviços – inclusive transporte público – destoa do posicionamento da maioria dos integrantes do Legislativo da cidade. Embora defendam a adoção de medidas efetivas de combate à doença, é praticamente consenso entre os vereadores que alguns setores da economia do município chegaram ao limite e logo entrarão em colapso.
Isso ficou evidente na votação do projeto de lei 025/2021, do vereador Serginho Carnevale (DEM), que autoriza o Poder Executivo a conceder isenção de IPTU, ISSQN e ITBI a bares e restaurantes nas fases vermelha e laranja de enfrentamento ao coronavirus.
Ausentes Luciano Bonsucesso (PL) e Rodrigo Guedes (PSL), a proposta recebeu 16 votos favoráveis em primeira discussão. Ao encaminhar a votação, diversos vereadores defenderam a inclusão de outros setores na lista de beneficiados e também ressaltaram – entre eles o próprio Guedes – a necessidade de que as empresas voltem a funcionar normalmente com todas as cautelas e providências sanitárias.
Chegou-se a falar em situações extremas, nas quais até a possibilidade de suicídio teria sido levantada. Queira Deus que atos de desespero desse nível não se tornem realidade.