Operação localizou uma Winchester .44 supostamente usada no crime e mais duas armas. Washington Pinel, de 41 anos, foi morto em dezembro de 2022. Outros três já estavam presos.
A Polícia Civil apreendeu nesta segunda-feira (5) uma arma que pode ter sido usada na morte do caminhoneiro Washington Teixeira Pinel, de 41 anos, em 20 de dezembro de 2022 em Cordeirópolis (SP). Além disso, prendeu um homem em flagrante por posse ilegal de arma e que é suspeito de participar do homicídio.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, os policiais apreenderam uma arma de pressão e duas armas de fogo, entre elas a Winchester .44 que pode ter sido utilizada no crime. Munições também foram apreendidas.
Já o suspeito foi preso e encaminhado à cadeia pública de Limeira (SP).
Adenúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) aponta que o acusado de ser o mandante do crime era uma pessoa “extremamente violenta”, mantendo armas de fogo em sua casa e em seu bar, e, em função de sua ex estar se relacionando com a vítima, “era motivo de chacota feita por seus colegas e pelos clientes do seu comércio”. E, por isso, teria decidido planejar a morte de Pinel.
A Promotoria também aponta que o suposto mandante entregou uma certa quantia em dinheiro e uma arma para outro réu cometer o homicídio. Já o terceiro envolvido, ainda conforme o MP, era vizinho e desafeto da vítima e cedeu sua casa para que a rotina dele fosse vigiada, como horários de chegada e de saída da residência, para que pudessem surpreendê-lo no momento do crime.
Conforme a investigação, o mandante e o autor do homicídio foram ao local da emboscada com uma moto e o caminhoneiro foi alvejado por quatro tiros na cabeça, dois entre pescoço e tórax e um no cotovelo quando saía de casa para trabalhar. A vítima morreu no local.
Assinada pela promotora Aline Moraes e o analista jurídico Edmar Silva, a denúncia considera que o crime foi cometido por motivo fútil e por meio que impediu defesa da vítima, além de ter sido utilizada uma arma de uso restrito.
O trio já está preso preventivamente pelo crime. Duas das prisões ocorreram no último dia 8 de fevereiro, ocasião na qual também foi apreendida uma arma artesanal e munições.
“O crime imputado aos acusados é hediondo, doloso e punido, em abstrato, com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos e foi realizado com emprego de arma de fogo, o que, por si só, já revela a gravidade em concreto da conduta praticada, a periculosidade de quem o executa e o risco que, em liberdade, oferece à ordem pública que merece ser preservada, impedindo-se que fatos análogos voltem a ocorrer”, destacou a juíza Juliana Silva Freitas, da Vara Única de Cordeirópolis, ao acolher a denúncia do MP e decretar a prisão preventiva.
Segundo a magistrada, os acusados também tentaram interferir nas investigações, se fazendo passar por testemunhas e fornecendo informações incorretas; ocultando e tentando apagar o conteúdo de seus telefones celulares; e amedrontando testemunhas que somente tiveram coragem de se manifestar após suas prisões temporárias e com a identidade preservada.
Fonte: g1 Piracicaba e Região