Anuncie aqui
Anuncie aqui

“Golpe” e os processos

O professor de Filosofia da UFRGS, Denis Rosenfield, considera que o ocorrido no dia 8 de janeiro não pode ser rotulado como “golpe”. Sem o apoio das Forças Armadas, e porque o Presidente eleito já havia tomado posse, Denis considera aquele acontecimento um estertor do bolsonarismo, com alguns ainda iludidos e ludibriados por mentores que “sumiram do mapa”.
E porque golpe não foi, acha que as penas aplicadas aos envolvidos deveriam ser bem analisadas caso a caso e o Supremo ter maior moderação nas canetadas condenatórias. Prisões pelo prazo de 11, 14 e 17 anos em regime fechado soam exageradas.

Anuncie aqui

Além das penas pesadas, muitos juristas e jornalistas sérios têm manifestado preocupação e indignação com a condução dos processos no Supremo.

Naquele dia 243 pessoas foram presas em flagrante dentro dos prédios públicos e na Praça dos Três Poderes. Nos dias seguintes, outras tantas.

Para quem não entende por qual razão os mais de 1000 processos serão julgados no STF, é porque simplesmente consta no Regimento Interno daquela Casa: “Se um fato ilícito for cometido em sua sede, o STF tem competência para investigação”’, levando de carona os ataques ocorridos nas sedes dos outros órgãos públicos, por conta da “conexão probatória”, ou seja: as provas dos crimes dependem umas das outras para serem julgadas em sua totalidade, ficando tudo sob controle de Alexandre de Morais e Ministros do STF.

Relatam os Advogados que a investigação tramita de forma física (e não digital); para se ter cópias é preciso ir ao STF. Como todos os inquéritos e processos estão com o Min. Alexandre, há demora na análise dos requerimentos, muitos questionando as prisões tidas por desnecessárias.

Para já condenados, só cabe recurso para o próprio STF contra penas e valores indenizatórios. A chance de modificação é quase zero.

Reclamam os Advogados que não há nos processos a individualização das condutas. Não há exposição detalhada do fato, com as circunstâncias e elementos individualizados, a permitir a ampla defesa. Estão todos os acusados inseridos no contexto da prática dos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deteriorização de patrimônio tombado. Tudo junto e misturado!

Mesmo se sabendo e provado que muitos invasores não mexeram em nada (alguns foram rezar) e outros só ingressaram para gerar vídeos e fotos sem nada destruir, o MP acusador sustenta que não é preciso descrever a conduta de cada um, mas apenas o resultado dos atos praticados pela turba; desnecessário descrever quem quebrou uma porta, quem danificou uma janela, ou quem danificou uma obra de arte. O que importa seria apenas o resultado, legitimando a coletivização da culpa, respondendo pelo resultado a multidão que manteve o vínculo psicológico no agir.

Nos votos já proferidos, Alexandre de Moraes vai nessa linha: diz que são crimes multitudinários e a individualização detalhada das condutas encontra barreiras instransponíveis, ou seja: “a multidão descreveu uma ação conjunta, na qual passou a destruir bens dos prédios, no intuito de derrubar o governo eleito, pleiteando uma intervenção militar”.

O excesso de excepcionalidades do 8 de janeiro não para por aí! Agora o Supremo decidiu que os julgamentos serão em plenário virtual. Os Advogados apresentarão seus argumentos finais gravados em um vídeo, que ninguém sabe se será visto pelos ministros, e ponto final.

Fácil notar que há evidente redução de direitos constitucionais e legais dos acusados: quase nenhum recurso existe para o Supremo contra decisões do próprio Supremo e, agora, o impedimento de sustentações orais em plenário físico.

A comunidade jurídica e pessoas de bom senso sabem que os ataques ao regime democrático foram gravíssimos. Mesmo que não tenha sido um golpe, não pode haver impunidade! O regime democrático precisa ser preservado.

Mas penas tão graves e desproporcionais, em condenações por atacado, sem critérios de individualização de condutas, sem possibilidades de recursos, sem chances de sustentação oral em plenário físico, não condiz com o verdadeiro estado democrático de direito.

Diante de tantas excepcionalidades, espera-se que haja ponderação dos Ministros na dosagem das sanções. Além disso, não adianta penas duríssimas sobre quem invadiu, se os articuladores ficarem impunes.

Colaboração: Dr. Willian Nagib Filho (Advogado)

Anuncie aqui
Anuncie aqui

Unimed Rio Claro apresenta:

Dr. Nelmer Rodrigues conversa com Dr. Alexandre Viviani - Cardiologista e também o Dr. Sérgio Antonio Pezzoti - Cardiologista falando sobre o tema "As Doenças do Coração".

Últimas notícias

Velório de Padre Jocelir será realizado nesta quinta-feira, das 8h30 às 17h30, no Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio

Rio Claro lamenta a perda do líder religioso; celebrações de fé ocorrerão ao longo do dia em sua homenagem. Rio...
Anuncie aqui

Jogue e descubra a nossa palavra do dia!

Mais notícias

Anuncie aqui
Anuncie aqui

Discussão em Bar Termina com Morte de Jovem Esfaqueado, na madrugada...

Polícia Militar atende ocorrência de homicídio em via pública; autor do crime está foragido e vítima faleceu após socorro. A Polícia Civil do Estado de...

Irmãos morrem em colisão de motocicletas durante trilha em área rural

Acidente ocorreu em estrada de terra; motociclistas não usavam capacetes e chocaram-se de frente enquanto faziam manobras. Na tarde deste sábado, a Polícia Militar foi...

“Outubro Rosa no Clube Rio Claro Sul: Prevenção e Solidariedade em...

No último dia 29 de outubro, o Clube Rio Claro Sul foi palco de uma noite memorável, marcada pela união em prol de uma...
Anuncie aqui

Fim dos Cambistas?

Você, pobre mortal, tenta comprar um ingresso para grandes shows musicais ou jogos esportivos e não consegue! Se for compra virtual em poucos minutos...

Desfile Solidário: Elegância e Generosidade em Cena pelo Rotary Club de...

Evento em parceria com a Polo Sul Modas encantou com moda e solidariedade, arrecadando fundos para ações comunitárias e projetos internacionais do Rotary. Rio Claro...
Anuncie aqui