“As Aventuras da Peixinha Tatá” mostra evidências de que região um dia já foi o fundo do mar.
Uma dupla de amigos de Corumbataí (SP) escreveu e ilustrou um livro infanto-juvenil sobre a construção geográfica e a existência de conchas fósseis no município (SP). O título foi lançado oficialmente no sábado (5) durante a Mostra Geocultural.
A história As Aventuras da Peixinha Tatá – Procurando as Conchas Fósseis de Corumbataí se passa na cidade paulista e contém informações e lugares captados durante entrevistas e pesquisas de campo reais.
Ciência acessível

Além da Tatá, o livro conta a história do paleontólogo Sr. Mattos e da fotógrafa Camilla, personagens inspirados nos autores, que saem em uma expedição em busca de fósseis no município de Corumbataí.
“O objetivo era falar sobre os atrativos turísticos, sobre o geoparque e sobre as conchas fósseis. Mas sobre as conchas a gente não encontrou nada que fosse acessível para as crianças, só tinha material científico”, explicou uma das autoras, Aline Camilla.
Dessa forma, os dois amigos criaram uma narrativa que explicasse como as rochas se formaram, com a ajuda de outros personagens da cidade, para tornar o assunto menos complexo aos pequenos.
“Então a história do livro juntou tudo isso, essa vontade de divulgar as coisas da cidade. E assim saiu essa historia maravilhosa que todo mundo está gostando”, contou o autor Silvio Mattos.
Para o estudante Felipe Duarte Santos, de 11 anos, o livro conseguiu atingir o objetivo da dupla e foi muito importante para que ele entendesse mais de geologia.
“Eles estão preservando as rochas fósseis, o turismo, eles estão tentando abrir mais para as pessoas do fora conhecerem, eu achei muito legal”, disse.
Conchas fósseis

Seguindo as pistas do livro, o leitor pode chegar até um sitio, onde várias pedras estão espalhadas no gramado do barranco.
Aos olhos do paleontólogo, uma raridade: as pedras são formadas por conchas agrupadas, que são chamadas de coquinas. Um fragmento de 250 milhões de anos e que ajuda a comprovar que toda a região um dia foi o fundo do mar.
“Tudo aqui era água e essas conchinhas viviam aqui. Esse mar era raso e era uma região com várias tempestades, que mataram as conchinhas e concentraram elas em algumas regiões. Futuramente, foi depositado argila em cima dessas conchinhas, o que fez com que elas virassem rochas”, explicou a estudante de geologia Mariana Ceccolin.
De acordo com os autores, a ideia é que a peixinha Tatá visite outras cidades do Brasil e suas histórias se tornem uma coleção de livros. Para isso, os autores criaram um site oficial para que as pessoas interessadas entrem em contato como parceiros do projeto.
Fonte: G1 São Carlos e Araraquara