Vice-prefeito quer protagonismo
“Nesta terça-feira, 09, recebi em meu gabinete o Reitor – Pe. Luiz Claudemir Botteon e o Pró-Reitor Acadêmico – Leandro Henrique Pauletti do Centro Universitário Claretiano para discussões e planejamentos entre a Prefeitura Municipal e a Instituição de Ensino.”
Quem atribuiu esse texto ao prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto (PSD), errou feio. A publicação ilustrada pela imagem abaixo está nas redes sociais do vice, Rogério Guedes (PSL), que a todo momento demonstra estar determinado a assumir um papel de protagonismo no governo iniciado há quarenta dias.
Essa aparente obstinação em atrair os holofotes já provocou algumas saias justas, conforme ficou evidente na semana passada, quando Rogério praticamente atropelou Gustavo ao antecipar a divulgação da suspensão das multas aos condutores de veículos que ultrapassarem o sinal vermelho durante a madrugada.
No vídeo que viralizou em diferentes canais, o vice espalhou a boa nova com o uso da logomarca da Prefeitura, atitude reiterada na propaganda onde alardeia a vacinação dos idosos a partir de 80 anos. As duas peças publicitárias batem de frente com o artigo 37 da Constituição Federal, que inclui a impessoalidade no rol dos princípios a serem obedecidos pela
“administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Isso tudo sem contar que o vice, como preceitua a Lei Orgânica de Rio Claro, não possui qualquer função executiva, embora tenha garantia de ocupar – desde que se disponha – cargo de confiança. Também carecem de respaldo legal outras benesses, entre elas instalações próprias, assessores, veículo e motorista.