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Botas Novas

Por: Priscila Assumpção

Se alguém, como eu, gosta de fazer planos, vai entender a sensação de prazer ao planejar uma viagem. Você abre o computador e pesquisa preços de passagem, abrindo todas as flechinhas para ver maiores detalhes, já se imaginando naquele aeroporto de conexão, e planejando o que vai fazer com as horas ociosas enquanto espera o próximo voo.

Feito isso, o próximo passo é planejar onde vai ficar. Isso demanda mais tempo, pois são tantas possibilidades! Hotel? Resort? AirBNB? Casa de alguém? Quem eu conheço lá? E para cada possibilidade, é preciso ver localização em relação ao centro da cidade, pois toda cidade tem centro histórico que precisa ser visitado, senão, qual a graça? Depois tem a questão do preço, disponibilidade de datas, amenidades, e, imprescindível, se tem wi-fi.

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Aí vem a escolha de meio de transporte. Dependendo do orçamento, posso pensar em alugar um carro. Ou melhor transporte público? Uber? Taxi? Tem trem, metrô e ônibus onde vou? Nada como um passeio virtual para conhecer as ruas antes de ir. Já dá para ir me familiarizando com os prédios que vou ver.

E foi assim que me diverti por meses antes de uma viagem a trabalho para o Canadá. Eu e minha colega, coautora do trabalho que iríamos apresentar em um congresso de liderança, embarcamos para Montreal. No avião, eu já antecipava a sensação deliciosa do frio de outono que encontraríamos ao chegar lá.

Fomos conversando no avião, e minha colega achou que seria bacana visitarmos Quebec City, uma cidade pequena e histórica que não fica muito longe de Montreal. Minha cabeça começou a recalcular rapidamente os planos originais que eu fizera enquanto ela falava. Concordei timidamente, com um pouco de frio na barriga por essa inclusão de última hora.

Nos instalamos com calma no apartamento que havíamos alugado, bem mais barato do que ficar no hotel do congresso, e olhamos as tabelas de trens para Quebec City. Combinamos que iríamos no dia seguinte, chegando lá nos preocuparíamos em achar um lugar para dormir, e fomos nos deitar. O sono só veio depois que eu me convenci de que seria fácil achar um hotel lá na hora. Teríamos dois dias antes do congresso para conhecer a pitoresca cidade.

Na manhã seguinte, minha colega se aprontou e fui tomar meu banho e me preparar para o dia. Enquanto estava no chuveiro, fui pensando em como faria e o que levaria nesta rápida viagem que faríamos à tarde. Saindo do banho, deparei como minha colega olhando para mim com cara de quem estava perplexa. “Você sabe que o trem sai em dez minutos, não sabe?”

Com o coração acelerado, enfiei a escova de dentes na bolsa e corremos feito leoas perseguindo gazelas para a estação, chegando bem a tempo de pegar o trem. Como fui com sapato de tecido, tive que comprar botas novas ao chegar em Quebec City, pois lá estava nevando. Não vou entrar em detalhes aqui, mas garanto que foi uma das melhores viagens que já fiz!

Hoje tenho usado mais as botas do que o sapato apertado. As botas me possibilitam explorar mais, chegar a novas alturas, viver mais aventuras. Não abri mão do sapato, mas abri espaço para as botas novas da vida.

Colaboração: Priscila Assumpção, Terapeuta, Mediadora, Especialista em Comunicação.

Demais artigo da autora:

A Calça Traiçoeira

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