O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), agradeceu na noite de ontem(28) os 10,9 milhões de votos recebidos, pediu a pacificação do país e adiantou que irá apoiar o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Doria ressaltou ainda que não deixará o PSDB e que o partido irá “ter lado” a partir de primeiro de janeiro de 2019.
“Da minha parte, eu já disse hoje quando do telefonema que trocamos com o presidente Jair Bolsonaro, que nós estaremos apoiando o Brasil, estaremos apoiando o governo Jair Bolsonaro sim, estaremos apoiando a política econômica do Paulo Guedes, sim”, disse em entrevista coletiva em um clube na avenida Paulista.
“Enquanto fizerem bem feito, enquanto estiverem dentro dessa linha, nós estaremos apoiando. Se cometerem algum erro, nós vamos, antes de criticar, vamos ponderar, e vamos sugerir que possam mudar ou que possam reconsiderar”, acrescentou.
Doria amenizou o fato de algumas lideranças do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, terem criticado a candidatura do presidente eleito Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral. “Essas opiniões foram emitidas dentro de um outro cenário, no cenário da eleição. Agora já temos eleição concluída e Bolsonaro presidente do Brasil, ou seja, durante a disputa eleitoral você pode ter um sentimento, depois da eleição, um sentimento distinto”.
Cercado por apoiadores, Doria destacou que não vai deixar o PSDB e que o partido terá alterada, em razão da eleição, correlação de forças internas. Ele ressaltou ainda que, a partir de primeiro de janeiro, o partido passará a “ter lado” e não mais ficará “no muro”.
“Logicamente que a correlação de forças muda. Isto é obvio, é da política isso, não é o meu desejo, é o desejo da população. São Paulo tem o maior colégio eleitoral do país, 33 milhões habitantes. É a maior força eleitoral, do país, maior força econômica do país e a maior força institucional do país”, disse.
Questionado, Doria disse que não recebeu cumprimentos pela vitória nem do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e nem do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. No entanto, o governador eleito ressaltou que Alckmin, poderia fazer parte de seu governo.
“Um homem que já governou São Paulo três vezes, um homem que foi deputado estadual, federal, foi prefeito da sua cidade, tem todas as habilitações para ocupar uma secretaria. É um homem com experiência extraordinária, 42 anos de vida pública e de vida honesta, de vida descente. É um nome para ser lembrado”, disse.
Por Bruno Bochini