Por: Alina Hassem
Começar uma empresa a partir da ideia de um novo produto ou serviço tem risco elevado, pois além do desenvolvimento do produto ou serviço que exige testes, desenvolvimento de protótipos, ainda tem a questão da aceitação pelo mercado consumidor.
Vamos a um exemplo, a primeira empresa que desenvolveu um livro digital teve dois grandes desafios, primeiro desenvolver um modo de disponibilizar o livro e segundo de convencer as pessoas a comprarem a versão digital e não em papel, hoje parece ser simples criar um livro digital, mas vamos lembrar que o primeiro foi criado há mais de 40 anos atrás.
O interesse pelos assuntos empreendedorismo e inovação aumentou a partir dos anos 90, o desenvolvimento da internet tornou promissora a possibilidade de desenvolver novos produtos e serviços e um dos melhores exemplos dessa fase foi a criação da Apple quando Steve Wozniak, um funcionário da Hewlett-Packard (HP) propôs para esta empresa o desenvolvimento de um computador pessoal de pequeno porte e foi rejeitado; ele se juntou a Steve Jobs e com US$ 1.300 de capital inicial e usando a garagem da casa dos pais de Steve Jobs criaram a Apple.
Mas existem outras formas de ter uma empresa, como comprar uma empresa já formada e funcionando ou mesmo ter uma franquia.
Independente de qual o modelo de negócio e o setor de atuação (escola, fábrica, perfumaria, farmácia), a gestão da empresa está nas mãos do empreendedor, mesmo com uma equipe para gerenciar o negócio, é preciso conhecer do assunto. Pesquisas feitas com empreendedores apontam uma grande dificuldade em entender da parte financeira do negócio, seja a parte contábil, gestão de fluxo de caixa ou impostos.
A parte financeira da empresa começa com o planejamento e controle financeiro. No planejamento financeiro, a empresa lida com decisões de investimentos e decisões de financiamento.
As decisões de investimento partem da identificação de oportunidades e da definição de quais os gastos que serão necessários para atingir essas oportunidades. Por exemplo, uma escola de inglês precisa definir quais os investimentos que fará em computadores, mesas, cadeiras etc.
Nas decisões de financiamento, a empresa avalia quais as fontes de capital que serão utilizadas tanto para o pagamento dos investimentos como para a manutenção dos gastos de curto prazo (capital de giro). As opções são capital próprio (investimento dos acionistas ou lucro) ou capital terceiros (empréstimos bancários), ou mesmo uma combinação das duas formas de capital.
No controle financeiro, a empresa define as metas e os resultados projetos e apura os resultados financeiros reais de um determinado período comparando com o que foi projetado. É muito importante avaliar as variações entre os números projetados e realizados e verificar se há espaço para redução de despesas.
Colaboração: Alina Hassem, Administradora, especialista em Mercado Financeiro.
Outras publicações de Alina:
Planejamento e Controle Financeiro: a organização financeira da empresa