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Professor da UFSCar indica possível primeira tradução feita por Machado de Assis

Estudo será publicado na edição de dezembro da revista “Machado de Assis em Linha”

Machado de Assis escreveu romances, contos, poemas e fez traduções. No entanto, até então, não se sabia ao certo qual teria sido a primeira tradução feita por um dos maiores escritores da história da literatura brasileira. Ao que tudo indicava, ela teria sido em 1857. Agora, um artigo que será publicado na edição de dezembro da revista “Machado de Assis em Linha”, de autoria de Wilton José Marques, professor do Departamento de Letras (DL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), irá lançar luz sobre esta questão e trazer novidades no “currículo” do Machado.

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A história começou com a descoberta de “O Grito do Ipiranga”, um poema inédito de Machado, publicado em 1856 no jornal “Correio Mercantil”. A partir daí, Marques iniciou uma pesquisa mais ampla sobre o processo de formação literária do autor, ainda jovem, que nesta época se dedicava à escrita da poesia.

Era recorrente, no início da trajetória literária de Machado, o aparecimento do nome do poeta português Francisco Gonçalves Braga. Assim, foi necessário analisar o diálogo entre a poesia do poeta português e do então poeta Machado de Assis. Entre os vários poemas de Braga estava a tradução de “Maria Duplessis”, publicada em 1856 no jornal “Diário do Rio de Janeiro” e republicada em seu primeiro livro, o “Tentativas Poéticas”, de 1856.

Já era de conhecimento do pesquisador da UFSCar que a tradução de “Maria Duplessis”, feita por Machado, havia saído na sua obra “Crisálidas”, de 1864. A nota final deste livro coloca que tanto ele quanto Braga fizeram as respectivas versões traduzidas em 1858 e que, a de Braga, havia sido publicada em um jornal não lembrado por Machado.

Partindo da informação de que Jean-Michel Massa e Galantes de Sousa, dois dos mais famosos críticos machadianos e que também escreveram sobre essa tradução, nunca encontraram a fonte usada por Machado, e que existiam muitas semelhanças entre a versão do escritor brasileiro e a de Braga, Marques foi atrás das fontes. Como na publicação em jornal da versão de Braga havia uma referência ao dia 31 de dezembro de 1855, o professor conjecturou que, através dos próprios jornais, poderia tentar a sorte e rastrear a possível fonte usada. Foi aí que apareceu na história o nome de Leonel de Alencar, irmão do romancista José de Alencar.

Leonel de Alencar assinava uma coluna de domingo no jornal “O Diário do Rio de Janeiro”, intitulada “O Livro de Domingo”, substituindo a famosa coluna do irmão, a “Ao Correr da Pena”. Nela, Leonel Alencar abordou a estreia da ópera “La Traviatta”, de Giuseppe Verdi, no Rio de Janeiro, e publicou uma tradução em prosa do poema “M.D.”, de Alexandre Dumas Filho. A ópera de Verdi foi baseada no livro “A Dama das Camélias”, de Dumas Filho, cuja personagem principal, Marguerite Gautier, foi inspirada em Maria Duplessis, a quem o poeta compusera o poema “M.D.”. Marie Duplessis, uma cortesã francesa, conheceu Dumas Filho no Teatro de Variedade e os dois tiveram um romance.

“A partir do estudo sobre Braga, das dúvidas iniciais geradas pela nota sobre o poema em ‘Crisálidas’ e, obviamente, das novas informações levantadas, comecei a montar o quebra-cabeça e cheguei à conclusão que as versões de ‘Maria Duplessis’, tanto de Braga quanto de Machado de Assis, partiram na verdade da tradução em Português e em prosa de Leonel de Alencar”, explica Marques, completando que Braga e Machado apenas metrificaram a tradução em prosa de Alencar.

Desta forma, em seu artigo, o pesquisador da UFSCar, considerando que a versão de Braga foi publicado em 1856, e ao mesmo tempo tendo grande semelhança com a do escritor brasileiro, levanta a hipótese de que, pelo fato dele ter afirmado que comparou sua versão com a de Braga, provavelmente em 1856 e não em 1858 – como havia sido mencionado na nota de “Crisálidas”-, há uma grande chance de “Maria Duplessis”, de Machado de Assis, ser a sua primeira “tradução”, já que até então a crítica considerava que a primeira tradução machadiana, “A Ópera das Janelas”, teria sido publicada em 1857.

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