Ministro da Saúde entre março de 1998 e fevereiro de 2002, no segundo mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra é considerado um dos melhores gestores entre todos aqueles que, na história recente do país, comandaram o setor mais delicado de qualquer governo.
Economista por formação, promoveu avanços inegáveis na Saúde Pública, conforme relata o brilhante jornalista Nonato Guedes, em artigo publicado há cerca de um ano.
O veterano profissional da Imprensa paraibana lembra, entre outras coisas, que Serra implantou um programa de combate à Aids – que desafiava especialistas de todo o mundo -, que depois foi copiado por outros países e apontado como exemplar pela ONU. No setor de remédios, foi mentor da lei de incentivo aos genéricos, o que permitiu a queda nos preços abusivos de medicamentos.
Também eliminou impostos federais de medicamentos de uso continuado, regulamentou a lei de patentes e encaminhou resolução à Organização Mundial do Comércio para licenciamento compulsório de fármacos em casos de interesse público. Fez tudo isso de maneira competente e sem ser médico.
Nesse momento em que Rio Claro discute a troca do presidente da Fundação Municipal de Saúde, o exemplo de José Serra talvez inspire a administração municipal a buscar alternativas que priorizem, acima de tudo, a gestão competente e em tempo integral.