Projeto para fábrica contra o coronavírus tem custo total orçado em R$ 160 milhões; obras serão iniciadas em novembro.
O Governador João Doria anunciou, nesta segunda-feira (14), a arrecadação de R$ 97 milhões em doações da iniciativa privada para o novo projeto da fábrica do Instituto Butantan. Os recursos permitirão a realização das obras necessárias para a futura produção da vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Butantan. O projeto executivo está em processo de contratação e as obras devem ser iniciadas em novembro.
“São Paulo fechou hoje mais uma etapa na arrecadação de fundos para a fábrica da vacina contra a Covid-19, a Coronavac. O Governo de SP conseguiu, até o presente momento, uma arrecadação de R$ 97 milhões em doações privadas, sem nenhuma contrapartida”, disse Doria
A previsão é de que as obras da fábrica sejam iniciadas em novembro e concluídas em 2022. Os trâmites para contratação do projeto executivo já foram iniciados pelo Instituto Butantan. “Lembrando que fisicamente a fábrica já existe. Ela será adaptada, modernizada e equipada. Da meta de R$ 160 milhões, já arrecadamos R$ 97 milhões, o que permite o início imediato da obra”, afirmou o Governador.
As doações estão sendo arrecadadas a partir da coordenação da Invest-SP e da mobilização da organização social Comunitas. O presidente da Invest-SP, Wilson Mello, detalhou as doações, feitas por um total de 14 empresas privadas. Segundo ele, o projeto permitirá ampliações futuras, com possibilidade de uso das instalações não apenas para produção da Coronavac, mas também de outros imunizantes.
“Nós temos a convicção de que, com a agilidade e a governança do setor privado em parceria com o setor público, nós teremos condições de rapidamente terminar a construção da fábrica, que vai dar a independência da vacina contra o coronavírus para o Estado de São Paulo. Esse é um legado da pandemia. Essa fábrica vai ficar para o povo de São Paulo e para o povo brasileiro”, afirmou Wilson Mello.
Doses
Até dezembro, o Instituto Butantan deverá receber 46 milhões de doses da Coronavac. E a previsão é de que até março de 2021, o Estado receba mais 15 milhões de doses. Há ainda a possibilidade de aquisição de mais 100 milhões de doses no próximo ano, a depender de suporte do Ministério da Saúde.
“A Coronavac, neste momento, é a mais desenvolvida do mundo. O Brasil provavelmente será um dos primeiros países a ter uma vacina disponível para vacinação em massa”, destacou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.