Por: Alina Hanssen
A poupança é resultado de gasto menor que renda. A decisão de quanto economizar hoje para ter mais dinheiro no futuro implica em abrir mão de algum gasto atual para poder gastar no futuro, ou seja, impõe organização, contudo, é uma atitude essencial que nos possibilita maior controle frente a situações de dificuldades e também é uma forma de garantir nossa renda no momento da aposentadoria.
Um campo de estudos que tem crescido muito nos últimos anos é o das finanças comportamentais que busca entender como influências sociais e emocionais impactam nossas decisões financeiras.
Uma das abordagens que tem demonstrado ser uma forma bem sucedida de incentivar as pessoas a criarem o hábito da poupança é chamada de rotulagem que consiste em criar objetivos claros para destinar o dinheiro que será guardado.
Vamos exemplificar, separar um dinheiro, mensalmente, para gastos com saúde, aposentadoria ou, no começo do ano, já planejar quanto de dinheiro será necessário economizar por mês para a matrícula dos filhos na escola no ano seguinte, são técnicas que têm demonstrado ser eficientes no desenvolvimento do hábito de poupar.
Planos de previdência e algumas aplicações financeiras podem ser programadas para serem feitas automaticamente, para quem é assalariado, inclusive coincidindo com a data de recebimento do salário. Algumas aplicações com objetivos de longo prazo, como aposentadoria, têm barreiras que dificultam saques antecipados – em algumas aplicações, é desvantajoso financeiramente, fazer o saque antecipado, e este é um dos motivos que é importante também ter uma reserva de emergência com liquidez caso seja necessário fazer resgates no curto prazo.
Poupar é diferente de investir. A poupança é a economia – o gasto menor do que a renda, já o investimento requer decisão por parte do investidor que precisa pesquisar e decidir acerca de quais produtos financeiros utilizar para que o dinheiro poupado tenha rendimento.
A conta poupança no banco é uma dessas formas de investimento, mas fundos de investimento, Títulos do Tesouro, ações, imóveis são outros exemplos de investimentos.
Equilibrar os investimentos de forma a suprir as necessidades de curto prazo (reserva de emergência ou gastos programados para daqui há 1 ano, por exemplo) das necessidades de longo prazo (sobretudo, aposentadoria), possibilita maior controle sobre a vida financeira.
Colaboração: Alina Hassem, Administradora, especialista em Mercado Financeiro.
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