A contribuição é significativa, com 729 publicações, o que representa 18,5% de toda a produção nacionalDe acordo com os registros da base de dados da plataforma Dimensions, em todo o mundo, foram realizadas 168.546 publicações científicas sobre COVID-19 em 2020. Desse total, 4.029 publicações são do Brasil, o que representa 2,39% de toda a produção mundial, colocando o País na décima primeira posição em número de publicações sobre a doença, à frente de países como Holanda, Suíça e Japão.
Entre os pesquisadores brasileiros, a contribuição da USP é significativa, com 729 publicações, o que representa 18,5% de toda a produção nacional. A USP também é a instituição de pesquisa do Brasil com maior número de publicações e a 16ª em todo o mundo.
As informações fazem parte de um levantamento realizado pela Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA), a pedido da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP a partir das informações da plataforma Dimensions. “É uma base de dados internacional mantida pela Digital Science em parceria com a Springer Nature”, explica Elisabeth Dudziak, da AGUIA. “Ela indexa todas as publicações que possuem o Digital Object Identifier (DOI) da Crossref (número que identifica publicações digitais) ativado, com atualizações diárias”.
Publicações científicas do Brasil representam 2,39% de toda a produção mundial
Até o dia 17 de outubro foram produzidas e registradas 168.546 publicações sobre COVID-19 no ano de 2020 em todo o mundo. A maior parte das publicações são artigos (132.406) e pre-prints (29.349), que são versões prévias de textos científicos. A plataforma não inclui dissertações e teses. Do total de publicações registradas, 90.961 são sobre ciências médicas e da saúde, 8.850 sobre ciências biológicas e 8.234 sobre sociologia. Os países com maior número de publicações são Estados Unidos (34.129), China (15.990) e Reino Unido (14.724). Com 4.029 publicações, o que representa 2,39% da produção mundial, o Brasil é o 11º pais que publicou trabalhos sobre covid-19, à frente de países como Holanda (2.576 publicações), Suíça (2.556) e Japão (2.351).
Segundo o professor Sylvio Canuto, pró-reitor de Pesquisa da USP, os números da plataforma Dimensions confirmam o bom desempenho da produção científica brasileira no contexto mundial. “No ano passado, um levantamento baseado na plataforma Web of Science mostrou que, entre 2013 e 2018, o Brasil foi o 13º país no mundo que mais publicou artigos científicos e revisões de pesquisa”, aponta. “Neste ano, em um período de oito meses, no que diz respeito à covid-19, os pesquisadores brasileiros conseguiram não só manter como melhorar sua performance.” Pesquisa brasileira
No Brasil, a plataforma Dimensions registra 4.029 publicações sobre covid-19 em 2020, a maior parte delas artigos (3.542) e preprints (468). A maioria dos trabalhos publicados é das áreas de ciências médicas e da saúde (2.204), ciências biológicas (207) e sociologia (183). Entre as instituições de pesquisa brasileiras, a USP tem a maior produção, com 729 publicações, o que representa 18,5% do total nacional, a maior parte artigos (637) e preprints (88). Na sequência, estão a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com 261 publicações, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 237 publicações. Em todo o mundo, a USP é a 16ª instituição com maior número de publicações sobre covid-19, à frente das universidades de Columbia e Yale, nos Estados Unidos, com 727 e 721 publicações, e Cambridge, no Reino Unido, com 628 publicações. As líderes do ranking são as universidades de Harvard (Estados Unidos), com 1.526 publicações, e Oxford (Reino Unido), com 1.229 publicações. A maior parte das publicações da USP se concentra nas áreas de ciências médicas e da saúde (452 publicações), ciências biológicas (43 publicações), sociologia (26 publicações), ciências da computação e informação e engenharia (13 citações cada).