Para evitar sobrecarregar unidades, recomendação é aguardar e só procurar o médico se o sintoma permanecer intenso. Veja as diferenças de sintomas entre a gripe e a Covid-19.
Rio Claro enfrenta um surto de gripe e registra um aumento médio de 40% nos atendimentos nas unidades de saúde, segundo a Fundação de Saúde. Oito em cada 10 pessoas que procuram as Unidades de Pronto-Atendimento do Cervezão e da Avenida 29 estão com sintomas de síndrome gripal.
De acordo com a vigilância em saúde da cidade, a unidade do Cervezão atendia, em média, 350 pessoas por dia. Nos últimos dias, esse número saltou para 450 e chegou a bater 600 atendimentos.
“Isso pode sobrecarregar o sistema e prejudicar o atendimento de saúde para outras doenças”, disse a diretora da Vigilância em Saúde, Suzi Berbet.
Apesar dos sintomas, as pessoas não devem correr para o pronto-socorro. A recomendação é aguardar e só procurar o médico se o sintoma permanecer intenso. No município, um idoso de 75 anos está internado com a Influenza A.
A disseminação da gripe se combate da mesma forma que a Covid, com máscara e isolamento.
“Mantendo o distanciamento, evitando aglomeração, higienizando frequentemente as mãos. Quem está doente deve ficar em casa, em torno de de 5 a 7 dias, ou no mínimo 24 horas após a febre sumir”, disse Suzi.
Estar vacinado contra a gripe pode ajudar a evitar complicações, embora a dose que foi aplicada nesse ano não proteja contra a H3N2, que é cepa que esta circulando agora.
“Existe uma proteção cruzada, ajuda ter tomado a vacina, mas não é a mesma variante”, explicou a diretora.
Sintomas da Influenza
A gripe, como é chamada a infecção pelo vírus Influenza, apresenta sintomas agudos logo nos primeiros dias da doença.
Febre alta;
Calafrios;
Dores musculares;
Tosse;
Dor de garganta;
Intenso mal-estar;
Perda de apetite;
Coriza;
Congestão nasal (nariz entupido);
Irritação nos olhos;
Sintomas de Covid
Já nos casos de Covid-19, a doença começa a evoluir a partir do 7° dia, podendo ou não levar a um quadro de insuficiência respiratória.
No momento, o mundo observa atento como a nova variante do coronavírus, a ômicron, se comporta, mas evidências preliminares já sugerem que ela é mais transmissível que as demais cepas, embora também seja menos grave.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, os sintomas da ômicron são “diferentes” das cepas anteriores do coronavírus e incluem:
Dor de garganta;
Dor no corpo, principalmente na região da lombar;
Congestão nasal (nariz entupido);
Problemas estomacais e diarreia.
No Brasil, as variantes delta e gama ainda são predominantes. Seus sintomas podem incluir:
Perda de olfato e paladar;
Dor no corpo;
Dor de cabeça;
Fadiga muscular;
Febre;
Tosse.
Os sintomas, contudo, não se manifestam da mesma forma em todas as faixas etárias. Segundo David Straim, consultor do sistema de saúde britânico (NHS) e pesquisador da faculdade de medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, crianças não tendem a apresentar sintomas de Covid.
Fonte: G1 São Carlos/Araraquara
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